01 setembro, 2011

Odeio-o indecisões, odeio "mais ou menos"

Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos. É tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles raiva, orgulho, nojo, devoção ou seu desprezo. O que não requer esforço, o que não te faz estremecer, suar, desatinar, não merece constar na minha biografia. As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas.Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também.

28 agosto, 2011

Everybody needs some time, everybody needs somebody, you're not the only one...




"I know it's hard to keep an open heart
When even friends seem out to harm you
But if you could heal a broken heart
Wouldn't time be out to charm you

Sometimes I need some time... on my own
Sometimes I need some time... all alone"

17 agosto, 2011

Um velho indío


Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos internos: “Dentro de mim existem dois cachorros, um deles écruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Os dois estão sempre brigando…” Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: “Aquele que eu alimentar”.

16 agosto, 2011

Mais minha, mas cada vez te sinto mais longe

Chegou devagarinho, e aos poucos sem pressas, tudo se foi moldando com brisas e tempestades, sorrisos e lagrimas... Esta rocha se foi moldando, se convencendo que podia um dia se unir com a luz do teu sol mas enganei-me. Os dias vão crescendo, cada vez tenho menos sombras ocultando de ti pequenas porções de mim, cada vez este calor me consome mais, cada vez os dias são maiores embora continuem a ser sempre seguidos por noites longas de mais, noites em que te procuro por entre as estrelas, tentando encontrar algo que me recorte o teu tu, algo tão único como o teu ser, algo que não se sinta pequeno a teu lado, embora sem progressos continuo esta procura todas as noites, uma pós outra, sempre com a esperança de um dia te ter, de que um dia, o próprio dia se torne eterno não havendo mais noites gélidas em que sinto a tua falta.
Um amor de criança, um fraquinho digno de um apaixonado, uma sabedoria de tolo é tudo o que me resta para além de ti. Tenta não desaparecer, não agora que te sinto cada vez mais minha, não agora que a minha cede de ti é maior, não agora que se torna impossível aguentar imóvel nesta noite sem poder acompanhar-te para onde quer que vás, percorrendo contigo um mundo novo todos os dias, mostrando ao mundo que a sua luz mais bela é a mesma que eu tenho comigo e para mim e que a deixo livre esperando que a seguir à noite ela sempre volte

Acordes


Nada me acalma tanto como os acordes da minha guitarra...
Quando as notas se intercalam em uma, outra e outra,
Não existem agora dois seres mas um só.
As seis cordas como os seis sentidos, cada uma com a sua magia distinta de todas as outras. 
Toco-as não com os meus dedos, com as minhas mãos mas com a vida
Com elas partilho momentos, pensamentos...
Escondo-me nela, vadio e fugidio, como uma criança atrás das saias da mãe
O contorcer das cordas, o ecoar das notas, a vibração do som
O bater do coração, o sangue que fervilha e a garganta que se esgarra
Nada mais me importa quando minha vida à minha guitarra se agarra